quinta-feira, 14 de abril de 2011

Todo samba é nosso.



É… e você se foi…

Se foi e levou junto com você minhas esperanças, minhas alegrias, minhas músicas e meus olhos. Foi lindo! Não você ter ido embora… foi lindo te sentir tão meu!
Você levou minha alma, sem nem mesmo saber. E Eu estou aqui, imóvel, transbordando e lamentando a chance que a vida não me deu. Esperando o próximo carnaval chegar e talvez lá te encontrar e depois morrer com a quarta-feira de cinzas.
Você foi, mas seus sons ficaram, nossas histórias também. Todo dia vem um ou outro me lembrar delas e recontá-las pra me fazer chorar.
Meu chapéu, continua aqui sem a fita que você prometeu. A roda de samba, nem quis ver, e quando criei coragem me doeu no fundo da alma. Hoje, todo samba é nosso!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Louca Anatomia



Depois de algum tempo passado, volto a sentir aquela agonia desenfreada e aquela vontade do seu corpo.

Os olhos... que sorriem e me contam tantos segredos, olhos que não me escondem nada e que me confidenciam tudo. Olhos que descansam quando encontram os meus, que contam histórias que só nós ouvimos, que fuxicam malandragens, e que me olham carinhosos depois do amor.

E a boca.. . ahhh essa boca que cala, que esconde tudo o que eu quero ouvir, mas que quando fala, me cala. Que me confunde, mas que me beija macio… que roça meu corpo e me deixa louca.

Seu peito… leito do meu descanso, por onde eu adoro passear os dedos e te carinhar. Peito largo, peludo, másculo, meu berço cheiroso.

Pernas… grossas, pesadas… são as primeiras a me procurar, nelas os pés masculinos e mais bem desenhadinhos, com a unha do mindinho bem pequenina. Elas que descansam em mim ao dormir, abraçam as minhas pernas e grudam pé com pé… carinho mimoso...

E tem a Conchinha… que minhas costas fazem na sua barriga. Já percebeu como é perfeito? Como encaixa direitinho?? Seu nariz roçando minha nuca, sentindo meu cheiro e a sua respiração me ninando.

É… nos seus olhos que me perco, na sua boca descanso, no seu peito que eu me espalho, nas suas pernas me enredo, na sua barriga me encaixo e na sua falta desespero!

E nessa anatomia louca, perdi toda minha razão.