terça-feira, 23 de março de 2010

Meu caro estranho



Meu caro estranho, nossa estranheza nos levou à cama
e seguimos nos desconhecendo
não perguntei de onde vieram tuas cicatrizes
e não me perguntaste se eu já havia usado o cabelo mais curto
simplesmente nos beijamos e dispensamos todos os porquês
fui uma mulher qualquer e fostes mais um homem
e se esse descompromisso não merece ser chamado de amor
ainda assim não carece ser desfeito e esquecido.

Um comentário:

Atelier Bicho karpinteiro disse...

Ahhhhhhhh, que bom q gostou. Merecia ser publicado mesmo! Aliás, republicado. E salve, Martha.